Não foram poucas as crises que Henrique Meirelles administrou, ou à frente do Banco Central, de 2003 a 2010, ou à frente do Ministério da Fazenda, no governo de Michel Temer, na recessão de 2016. Como secretário da Fazenda do Estado mais rico do Brasil, Henrique Meirelles tem trabalhado cerca de 18 horas por dia em São Paulo. Ainda não fez o teste da covid-19, e diz que está se sentindo bem, isolado, tomando as devidas precauções. Em entrevista ao Valor, via Skype, ele nega que a tese do Estado mínimo tenha caído por terra nesta crise do coronavírus e defende a necessidade de manutenção da austeridade fiscal e do teto e gastos. Porém, o também liberal, assim como o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirma, sem titubear, que a prioridade, agora, é a saúde pública e a preservação de vidas. Por isso, o governo federal precisa, sim, aumentar gastos, investir o colchão do BNDES, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
‘Primeiro tem que preservar a vida, depois a economia’, diz Meirelles
Por Malu Delgado, Valor — São Paulo
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